quarta-feira, setembro 21, 2005

Semana passada surtei: comecei a ler um livro altamente recomendado. Não passei da segunda página...
Simplesmente não conseguia me concentrar. Então me lembrei de uma expressão – pausa magnética criadora.
Eureka! Era isso. Eu só precisava dar uma relaxada e ler algo mais “light”.
Fui à Saraiva e acabei com Budapeste, do Chico Buarque (Companhia das Letras), nas mãos.
Por que não?
Amo as músicas compostas por ele, nada mal apreciar a literatura também. Pois é, não me arrependi. Simplesmente um deleite. A cara do Chico.
É a história de um escritor que escreve pelos outros: faz discursos, biografias, e até livros para terceiros. Acaba indo parar em Budapeste e daí se (des)enrola o livro.
Aqui vai um trechinho pra vocês apreciarem:
“Álvaro adestrava o rapaz não para escrever à maneira dos outros, mas à minha maneira de escrever pelos outros, o que me pareceu equivocado. Porque a minha mão seria sempre a minha mão, quem escrevia por outros eram como luvas minhas, da mesma forma que o ator se transveste em mil personagens, para poder ser mil vezes ele mesmo.”

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