quarta-feira, dezembro 05, 2007

Todos juntos somos fortes

Dias críticos... Muito críticos.
Um esperança que o mundo gire ao contrário me tomou nos últimos dias. Mas a humanidade caminha no passo de sempre.
Injustiça da minha parte esperar que ela corresse a maratona com um sorriso nos lábios.
"Não espere dos outros o que você é", já diria um velho sábio que dorme a poucos centímetros.
Gostaria de achar a cura para esse vírus de esperança que às vezes me toma.
Sou uma pessimista incorrigível. Mas "vira-e-mexe" surto e viro o otimismo em pessoa. Penso que vou mudar a humanidade e que todos caminharemos de mãos dadas pelo mundo. Uns amparados pelos outros.
Me engano de novo.
Quando o "bicho-papão" chega, é cada um por si.

Cresci ouvindo a peça Os Saltimbancos, onde se pregava o seguinte na música Todos Juntos (Enriquez - Bardotti - Chico Buarque/1977):

"Todos juntos somos fortes
Somos flecha e somos arco
Todos nós no mesmo barco
Não há nada pra temer
Ao meu lado há um amigo
Que é preciso proteger
Todos juntos somos fortes
Não há nada pra temer"

E eu, criança, acreditei.
Uma das coisas que não perdi até hoje foi meu lado criança, apesar de ser (parecer) séria, e vez por outra, carrancuda.
Acho que esse trecho dos Saltimbancos virou um lema na minha vida.
Tudo que é feito junto com outra(s) pessoa(s) tem um gosto mais saboroso.
É o compartilhar.
Compartilhar a comida, compartilhar os sonhos, as alegrias, e também as tristezas -- desde que essas não sejam eternas (porque se elas forem eternas, nunca aquecerão seu coração, mas podem gelar o do outro).

Pois é, aqui estou eu, numa madrugada de quarta-feira, contando com a ajuda de supostos amigos, para mudar o mundo. Ou aprender a mudar através do rádio.
Bufarah, me aguarde!

domingo, julho 22, 2007

"É preciso viver, não apenas existir."
Plutarco

segunda-feira, julho 16, 2007

“Você não escreve porque quer dizer algo;
você escreve porque tem algo a
dizer.”
F. Scott Fitzgerald




Engraçado como fico corujando os blogs e não costumo comentar. Isso é completamente diferente do normal.
A internet costuma dar asas às pessoas, já que ninguém tem cara, ninguém conhece ninguém. E eu, no entanto, me escondo e só participo lendo, nunca dando minha opinião.

Deve ser um tipo de complexo de inferioridade internetiano. Não me expresso muito bem com tanta gente lendo. Serei julgada.
Será?

Será que darão tanta importância ao que tenho a dizer? Ou serei apenas mais uma?

Nunca fui apenas mais uma em nada que fiz. Se não posso ser a diferença, nem me mexo.

E eis que descubro que meu complexo de inferioridade é, na verdade, de superioridade.

*Corujando é uma expressão utilizada entre os rádio-amadores para quem fica no canal do PX, só ouvindo as conversas, sem falar nada.

Tanto a dizer...

Ao vir trabalhar ou voltar para casa, venho pensando. Tenho muitos pensamentos. E sempre me dei muito bem com eles. É claro que, volta e meia, entro em crise existencial. Se não pensasse tanto não as teria. Mas também, eu não seria eu.
Pois bem, dirijo por mais de duas horas diariamente – sem querer reclamar do trânsito – e não tenho mais rádio no carro, visto que foi roubado – sem querer reclamar da segurança – e tenho por companhia eu mesma. São nesses momentos em que penso, penso e não escrevo.
Me passam idéias e mais idéias pela cabeça. Junto texto à beça. Mas, e ânimo para escrever?
Para falar a verdade, esse blog está desativado. Ninguém do meu convívio o lê. E não é para ler mesmo.
Comentei em outros posts, não aguentava mais ser bisbilhotada pelo blog. Consegue ser pior que o Orkut! Todos futricam e fazem comentários, algumas vezes ácidos.
Esse blog é para aqueles que não me conhecem e talvez nunca conheçam. Ou para aqueles que ainda não me conhecem e conhecerão um dia. E depois deixarão de conhecer.

Assim é o mundo, cheio de indas e vindas
como o mar. Amigos chegam, amigos vão. Ninguém em particular, eles são unânimes.

Precisava ter uma verborragia dessas, escrever sem pensar e sem reler para tirar o asco de escrever que ando.

Não gosto dos meus textos, e acho que eles não gostam de mim, apenas me suportam. São meus. Não têm escolha...



terça-feira, julho 10, 2007

“Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre que o amor. Eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos...
Enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências.”
Vinícius de Moraes

segunda-feira, julho 02, 2007

Nada como estar mal para ver o quanto é bom estar bem.
As últimas semanas foram desastrosas. Fiquei muito doente, muito além do que eu já fiquei um dia.
E agora, enquanto me recupero, vejo o mundo um pouco mais colorido. Parece que as cores desbotadas ganham saturação e luminosidade. A vida já não é tão feia e sem perspectiva.
E me pego pensando naquelas pessoas que passam meses de cama, ou por problemas de mobilidade ou outro qualquer. Por pior que a enfermidade possa parecer, ela sempre se mostrará como um monstro pior do que é.
Se para o meu corpo, uma bactéria qualquer me deu febre e uma enorme falta de perspectiva, imagino aqueles que não tem perspectiva alguma.

segunda-feira, junho 25, 2007

Definitivamente, as pessoas perderam a noção de respeito.
Creio que não foi só o respeito, mas esqueceram também a capacidade de ouvir.
Vejo, vez por outra, situações causadas por males auditivos. Um fala, o outro não escuta. Fez-se a baderna.
Não sei se cada indivíduo olha apenas para o seu umbigo, e esse egocentrismo não permite que se dê a devida atenção ao outro.

Estou aqui na editora e, por uma razão mais ou menos parecida com a surdez egocêntrica. Combinei de checar uma certa quantidade de material com a gráfica. Minha cliente reforçou. E eis que estou aqui, aguardando que ele mande TODO pacote, visto que ele não compreendeu que era apenas uma parte.
E se vão as horas. A promessa é que saia da gráfica daqui a uma hora, mas se bem os conheço, dez da noite é pouco.

É, essas são as minhas impressões, tiradas a muito custo e suor.

quinta-feira, junho 21, 2007

Mais um retorno ou uma mentirinha bem-contada?

Apenas e somente as férias para permitir que essa pessoa cansada volte a escrever.
Acabou mais um semestre e eu não escrevi uma mal traçada linha (o que dirá de uma bem traçada).
Uma vez, li uma frase de F. Scott Fitzgerald que dizia o seguinte: “Você não escreve porque quer dizer algo; você escreve porque tem algo a dizer”. E então me pergunto: o que eu quero realmente dizer?
Comecei esse blog de uma brincadeira.
Não, na verdade de uma certa carência de expressão.
Depois, serviu para matar a saudade do Alê, que foi e voltou.
Ainda depois, serviu para saberem da minha vida e dos meus sentimentos. Foi aí que a mágica perdeu o encanto e tudo virou feitiçaria.

Nesse momento, poucos lembram-se daqui. Uns gatos pingados.
Muita coisa mudou nesse espaço de tempo: aprendi, apanhei (mas também bati um pouco), me decepcionei. Nada que nnao cicatrize e que não sirva de aprendizado.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Tudo que vai, volta

Se me perguntarem onde estive esse tempo todo, responderei: por aí...

Nesses três meses e meio muita água rolou. Me achei, me descabelei, me odiei, me sorri.
Perdi amizades, ganhei outras. Das perdidas, lamento. Foi necessário cortar agora antes que piorasse. Das que ganhei, bem-vindas ao meu coração. Pode ser que vocês se percam algum dia, mas aproveitem a estadia e cuidem bem de mim.

Acho que não tenho nenhum assunto para abordar imediatamente. Me deu uma vontade irreprimível de escrever. Escrever o nada. De voltar a escrever esse blog. Deixei alguns órfãos que ainda lamentam. Outros, migraram e esqueceram. Outras ainda, simplesmente usavam essa página para saber o que ocorria na minha vida...

Fofoqueiros e manipuladores de plantão: VOLTEI.
Usem a informação como acharem melhor. Ainda creio na Lei da Física da Ação e Reação.
O que você fizer, voltará. Bom ou ruim. E é isso que eu desejo a todos que me lêem...