quinta-feira, novembro 20, 2008

Chico Buarque e o fazer nada de importante

Comprei o DVD Chico Buarque - Anos Dourados.
Logo no início, Chico conta que ele e Tom Jobim faziam uma guerra etimológica com o nome das árvores do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
O primeiro conta que ele descobriu a mangífera indica e foi contar ao Tom.
Nos tempos loucos que andamos, quem de nós têm tempo de se ater ao nome científico da manga?
Em hipótese alguma desdenho a ciência e a criação desses nomes que parecem aos nossos ouvidos leigos, grego, ou latim (e não são?).
Há quanto tempo não nos permitimos parar e não fazer nada?
Só posso considerar que a pós-modernidade mudou nosso olhar e nossas importâncias.
Hoje, o que é importante e vale a pena?

segunda-feira, outubro 13, 2008

Se teve uma coisa que me deixou de bode foi o Twitter.
Não sei se eu não soube usar, ou não entrei "no clima", mas achei um tanto tolo.
A maioria dos comentários é inútil e as conversas paralelas dominam.
Se alguém encontrar um bom uso, a curto prazo, me avise.

Felinos IV

“Nada faz baixar tanto a auto-estima de alguém quanto o desprezo afetuoso de um gato querido”
Monica Edwards, escritora inglesa

sábado, outubro 11, 2008

Cadê meu post do dia 6 de outubro?
Sobrou só o título! E para piorar, não tenho uma cópia...
Acho que não era pra escrever mesmo!
Era apenas uma indignação pós-eleições.

Passados cinco dias, vejo uma luz profissional no fim do túnel, mas, como diria o escritor Oscar Wilde, "cuidado com o que pede, seus desejos podem se realizar".

quinta-feira, outubro 09, 2008

Alguém poderia me responder por quê todos os donos de banca de jornal são simpáticos?
Será um tipo de marketing ou estar rodeado por informações os torna mais felizes?

segunda-feira, outubro 06, 2008

quarta-feira, julho 30, 2008

Em crise...

Em crise...

Mais uma vez estou em crise. Devo apresentar meu TCC no final do ano que vem, portanto me resta menos de um ano e meio.
Tudo bem, todos dizem que sou apressada, que tem gente que deixa pra fazer no último semestre etc. e tal.
O problema é que ainda não vislumbrei nada que eu gostaria de fazer. Alguns caem para outras áreas, ou fogem do jornalismo. Não quero ser igual a todo mundo e fazer de qualquer jeito. Minhas coisas sempre foram pensadas, planejadas e bem-feitas, e não será agora que vou deixar isso de lado.
Acho que fazer um TCC digno é uma revanche à minha monografia do técnico.
Na época também fui a primeira a começar. E, por incrível que pareça, recebi uma nota ridícula.
Já se foram 14 anos, mas não esqueci.
Não esqueço as derrotas. Creio que só um tolo as esquece.

Será que tem alguém nem mundo que possa me dar uma luz?

sexta-feira, julho 25, 2008

As coisas não duram mais como antes...

Esse papo começou a partir de uma reclamação minha. Meu fogão – que tem apenas 8 anos – está em petição de miséria.
E não é porque não cuido, a parte de cima até está bem, mas onde há pintura, você deve decidir: ou deixa sujo, ou limpa e arranca a tinta (o que, invariavelmente, tem o fundo preto).
Você deve imaginar a situação em que fico.
Meu interlocutor dizia que a geladeira dele tem uns 30 anos, está meio baqueada, mas ainda funciona bem. Já a minha, de uma marca sólida no mercado, está enferrujando.
Diante da minha indignação, ouvi dele as palavras do título deste post:
– As coisas não duram mais como antes...

Um bom motivo para voltar a escrever. A volatilidade das coisas.
Nada mais é feito para durar, sejam eletrodomésticos ou relacionamentos (nem digo casamentos, mas amizades também).
Você compra seu computador hoje e amanhã tem um melhor. Fomos criados para querer ser e ter o top de linha, o mais moderno e eficaz, que preencherá sua vida.
Meu professor de filosofia, o Odair, dizia que felicidade é ter aquilo que está além.
Corremos atrás da felicidade, das coisas e pessoas perfeitas e não a encontramos nunca. Mas, olhando por outro ponto de vista, somos perfeitos o suficiente para não sermos trocados?

segunda-feira, abril 21, 2008

Desabafo

Às vezes, como agora, bate uma falta de perspectiva... Me sinto um pato. Não nado direito, não vôo direito, não ando direito, mas faço de tudo um pouco. Aquela excelência que sempre almejei vai por água abaixo. Ser o melhor, não para os outros, mas para eu mesma. Sinto saudades de coisas que não existem ou que não aconteceram. Quero ficar em meu mundo, sozinha. Ou acompanhada daqueles que não existem aos olhos comuns.
Não consigo me concentrar, não consigo ser eu mesma. Se o fosse, continuaria sozinha ante a indignação dos que me rodeiam.
"Você não é assim", diriam eles.
Mas será que não sou mesmo? Então, quem eu sou?
Serã que sou fruto daquilo que se pensou ser algo? E hoje me pego na corda-bamba, nem lá nem cá. Um misto disso com aquilo.
Não sou nem eu nem a outra. Sou um ser que tende a ser tudo e acaba por ser nada.

Não posso reclamar da vida. Ela sempre foi generosa comigo. Ou com aquela outra. Não importa. Somos duas, juntas no cabo-de-guerra da vida, cada uma tendendo ao seu lado, assim como deve ser.

Clamo por tempo, mas, quando o tenho, ele que me tem. Passa por mim, brinca e se vai, sem que eu perceba que tudo passou e o perdi, mais uma vez...
Assim como tudo.

quinta-feira, abril 17, 2008

Parceria S/A

Pois é, conforme escrevi no penúltimo post, que foi há um longo e tenebroso verão,
às vezes surto com meu otimismo exagerado e acho que posso contar com as pessoas.
E não é que encontrei – já faz um tempo, confesso – um insano como eu?
É o Michell, um dos integrantes do “grupinho” da faculdade.
Contou com algumas pessoas (inclusive eu) que o deixaram na mão (inclusive eu) com O Patifúndio.
Mas ele não se deixa levar pela correnteza, no mesmo fluir que o resto (é resto mesmo). Sua necessidade de expressão é maior que o descaso do mundo.
No frigir dos ovos, ele voltou a escrever.
Está com o Descobri a pólvora, um blog com a cara dele. Adoraria que todos que sempre prestigiaram meu blog dessem uma olhada. E comentassem, é claro! Ou lá, ou aqui.

Espero ter boas notícias em breve.
Quem sabe, lendo o dele, morro de inveja e volto a escrever...

segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Tudo que vai, volta

Acho engraçada essa necessidade que as pessoas têm de falar, escrever, mostrar o que pensa.
Como deu pra perceber, parei o blog por um bom tempo. Mas recebi muitos comentários de que eu não deveria parar de escrever.
Hoje, recebi um convite para visitar mais um novo blog nesse vasto universo virtual.
Mais um...

Será que temos realmente tanto a falar ou serão apenas mais palavras em vão ocupados milhões de bytes?
Será preciso se expressar em palavras e não só em atos?
Será que tudo que temos a dizer é mesmo relevante?

Às vezes o silêncio é a melhor resposta.
Às vezes, as palavras são armas mais letais que as de fogo.
Há que se refletir antes de usá-las.

Esse é o motivo do meu longo silêncio, não me ferir e, muito menos, ferir alguém.