quarta-feira, dezembro 05, 2007

Todos juntos somos fortes

Dias críticos... Muito críticos.
Um esperança que o mundo gire ao contrário me tomou nos últimos dias. Mas a humanidade caminha no passo de sempre.
Injustiça da minha parte esperar que ela corresse a maratona com um sorriso nos lábios.
"Não espere dos outros o que você é", já diria um velho sábio que dorme a poucos centímetros.
Gostaria de achar a cura para esse vírus de esperança que às vezes me toma.
Sou uma pessimista incorrigível. Mas "vira-e-mexe" surto e viro o otimismo em pessoa. Penso que vou mudar a humanidade e que todos caminharemos de mãos dadas pelo mundo. Uns amparados pelos outros.
Me engano de novo.
Quando o "bicho-papão" chega, é cada um por si.

Cresci ouvindo a peça Os Saltimbancos, onde se pregava o seguinte na música Todos Juntos (Enriquez - Bardotti - Chico Buarque/1977):

"Todos juntos somos fortes
Somos flecha e somos arco
Todos nós no mesmo barco
Não há nada pra temer
Ao meu lado há um amigo
Que é preciso proteger
Todos juntos somos fortes
Não há nada pra temer"

E eu, criança, acreditei.
Uma das coisas que não perdi até hoje foi meu lado criança, apesar de ser (parecer) séria, e vez por outra, carrancuda.
Acho que esse trecho dos Saltimbancos virou um lema na minha vida.
Tudo que é feito junto com outra(s) pessoa(s) tem um gosto mais saboroso.
É o compartilhar.
Compartilhar a comida, compartilhar os sonhos, as alegrias, e também as tristezas -- desde que essas não sejam eternas (porque se elas forem eternas, nunca aquecerão seu coração, mas podem gelar o do outro).

Pois é, aqui estou eu, numa madrugada de quarta-feira, contando com a ajuda de supostos amigos, para mudar o mundo. Ou aprender a mudar através do rádio.
Bufarah, me aguarde!