domingo, julho 22, 2007

"É preciso viver, não apenas existir."
Plutarco

segunda-feira, julho 16, 2007

“Você não escreve porque quer dizer algo;
você escreve porque tem algo a
dizer.”
F. Scott Fitzgerald




Engraçado como fico corujando os blogs e não costumo comentar. Isso é completamente diferente do normal.
A internet costuma dar asas às pessoas, já que ninguém tem cara, ninguém conhece ninguém. E eu, no entanto, me escondo e só participo lendo, nunca dando minha opinião.

Deve ser um tipo de complexo de inferioridade internetiano. Não me expresso muito bem com tanta gente lendo. Serei julgada.
Será?

Será que darão tanta importância ao que tenho a dizer? Ou serei apenas mais uma?

Nunca fui apenas mais uma em nada que fiz. Se não posso ser a diferença, nem me mexo.

E eis que descubro que meu complexo de inferioridade é, na verdade, de superioridade.

*Corujando é uma expressão utilizada entre os rádio-amadores para quem fica no canal do PX, só ouvindo as conversas, sem falar nada.

Tanto a dizer...

Ao vir trabalhar ou voltar para casa, venho pensando. Tenho muitos pensamentos. E sempre me dei muito bem com eles. É claro que, volta e meia, entro em crise existencial. Se não pensasse tanto não as teria. Mas também, eu não seria eu.
Pois bem, dirijo por mais de duas horas diariamente – sem querer reclamar do trânsito – e não tenho mais rádio no carro, visto que foi roubado – sem querer reclamar da segurança – e tenho por companhia eu mesma. São nesses momentos em que penso, penso e não escrevo.
Me passam idéias e mais idéias pela cabeça. Junto texto à beça. Mas, e ânimo para escrever?
Para falar a verdade, esse blog está desativado. Ninguém do meu convívio o lê. E não é para ler mesmo.
Comentei em outros posts, não aguentava mais ser bisbilhotada pelo blog. Consegue ser pior que o Orkut! Todos futricam e fazem comentários, algumas vezes ácidos.
Esse blog é para aqueles que não me conhecem e talvez nunca conheçam. Ou para aqueles que ainda não me conhecem e conhecerão um dia. E depois deixarão de conhecer.

Assim é o mundo, cheio de indas e vindas
como o mar. Amigos chegam, amigos vão. Ninguém em particular, eles são unânimes.

Precisava ter uma verborragia dessas, escrever sem pensar e sem reler para tirar o asco de escrever que ando.

Não gosto dos meus textos, e acho que eles não gostam de mim, apenas me suportam. São meus. Não têm escolha...



terça-feira, julho 10, 2007

“Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre que o amor. Eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos...
Enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências.”
Vinícius de Moraes

segunda-feira, julho 02, 2007

Nada como estar mal para ver o quanto é bom estar bem.
As últimas semanas foram desastrosas. Fiquei muito doente, muito além do que eu já fiquei um dia.
E agora, enquanto me recupero, vejo o mundo um pouco mais colorido. Parece que as cores desbotadas ganham saturação e luminosidade. A vida já não é tão feia e sem perspectiva.
E me pego pensando naquelas pessoas que passam meses de cama, ou por problemas de mobilidade ou outro qualquer. Por pior que a enfermidade possa parecer, ela sempre se mostrará como um monstro pior do que é.
Se para o meu corpo, uma bactéria qualquer me deu febre e uma enorme falta de perspectiva, imagino aqueles que não tem perspectiva alguma.